Estudando no Exterior: Montreal (Canadá)

Olá, gente!

Eu adoro viajar. E um intercâmbio é uma boa oportunidade de viajar durante um período maior sem gastar rios de dinheiro, já que uma temporada em hotel, por exemplo, custa bem mais do que uma temporada em um apartamento.

Eu fiz alguns intercâmbios na vida, e recomendo! Todo mundo que faz um intercâmbio vem com uma nova experiência de vida, e se engana que intercâmbio é coisa só para adolescentes ou super jovens – por exemplo a Rê, do Revivendo Viagens, fez um recentemente e dá um relato incrível sobre como é um intercâmbio depois dos 30. 

Eu já contei aqui a minha experiência de trabalho no exterior e a de estudo em Buenos Aires, agora vou contar da minha outra experiência com estudo no exterior.

Vou falar agora da minha experiência de estudo de francês em Montreal, Canadá

Me arrisco a dizer que Montreal foi a cidade mais apaixonante das Américas. Pelo menos das que tive a oportunidade de conhecer até hoje.

Mas vamos à minha história.

Em setembro de 2009 eu tiraria as primeiras férias da minha vida como funcionária CLT. Como estava estudando francês há quase dois anos, resolvi que queria ir para um país onde o idioma fosse falado para praticar e aprimorar, como fiz em Buenos Aires.

Eu tinha duas opções: ou ir para o Canadá ou ir para a França. Meu sonho era ir para Paris, mas o bolso me levou para Montreal. Primeiro porque é uma cidade mais barata para se manter. Segundo porque a moeda é mais barata. e terceiro porque meu pai iria me dar as passagens utilizando milhas.

Eu conhecia muito pouco do Canadá, o máximo que as pesquisas na Internet me davam como resposta. Resolvi que iria meter as caras e aprenderia lá o que a Montreal tivesse a me oferecer, e escolhi a cidade justamente por ser bilíngue. Se o francês falhasse, o inglês salvaria.

Fui em uma feira de intercâmbio, e lá conheci a Just Intercâmbios. Fui até a agência, que fica em Barueri, alguns dias depois para conversarmos mais sobre o intercâmbio. Foi paixão a primeira vista. A agência é ótima, os funcionários muito simpáticos e eficientes e o preço deles ainda era o melhor do mercado. Não tinha nem o que pensar. Fechei com a Just e embarquei.

Cheguei no aeroporto de Montreal no dia 26 de setembro, em um sábado, e as minhas aulas teriam início apenas na segunda-feira. Escolhi ficar em uma residência estudantil ao invés de uma casa de família, porque só iria ficar duas semanas, então preferi um local onde tivesse liberdade para fazer o meu próprio roteiro.

Quem fica em casa de família tem que respeitar os horários da casa, portanto tenha isso em mente ao pesar casa de família x residência estudantil. Uma das amigas nossa da escola estava em casa de família, e tinha horário super restrito, porque tinha que estar em casa para jantar e etc. Não esqueça que você é um convidado da casa, e tem que respeitar as regras dela. Bom senso sempre, né? 🙂

A minha casa era perto do metrô (cerca de três quadras) em um bairro bem residencial e muito lindo. Eu tinha meu próprio quarto, individual, mas dividia o banheiro com outras pessoas. Aliás, toda as outras áreas eram compartilhadas, incluindo a geladeira, armários e um computador que ficava no andar mais baixo da casa. Quem tinha seu próprio computador, podia usar a internet sem fio.

Eu estudei na Academie Linguistique Internationale Montreal. A escola era perto do metrô, e como tinha metrô perto de casa, era perto também.

No primeiro dia de aula, eu fiz um teste de nivelamento, porque como eu já estudava aqui, precisava saber qual nível eu iniciaria lá. E já tive a minha surpresa: aqui eu fazia o intermediário, e lá fui alocada no avançado! Claro que fiquei feliz, sinal que meus estudos no Brasil foram bem válidos. Depois que recebi meu resultado do teste, fizeram um tour comigo pela escola, mostrando as salas, as áreas comuns e tudo mais.

A A.L.I., como é conhecida a escola, tem aulas de inglês e francês. É engraçado porque em cada corredor da escola se fala o idioma que se estuda, e no final tudo se mistura na sala comunal da escola. Você ouve muito francês e inglês por todos os lados, e também espanhol e português, porque alunos falantes dessa língua insistem em se comunicar na língua mãe. Claro que isso vai de cada um.

O mais legal é que os amigos de escola e de casa viraram companhia lá. A gente sempre ia bater perna depois das aulas, e até a noite mesmo. Um dos nossos lugares favoritos era o chocolate do Starbucks durante o intervalo das aulas, o árabe para almoçar e o Peel Pub para sair a noite, que contei aqui já.

A escola também providenciava vários passeios, depois das aulas e também de final de semana. Eu fiz alguns juntos com a escola, como ir à um jogo de hóquei, mas nos de final de semana não fiz. Organizei sozinha a minha ida para a Ville de Québec, comprando as passagens de trem assim que fechei a viagem.

Para mim foi ótima a experiência, meu francês evoluiu muito, principalmente na fala, que é o que eu sempre tinha receio. Duas semanas pode parecer pouco tempo, e é mesmo, mas era o que eu tinha disponível, e eu gostaria de ter ficado mais. Somente recomendo ficar tão pouco tempo para quem já tem uma boa base do idioma que deseja aprender, ou não vai ser muito útil.

Saí de Montreal não querendo ir embora, mesmo pegando um trem para Nova York. Com certeza a cidade já mora no meu coração, e eu não vejo a hora de voltar 🙂

Espero que tenham gostado, se tiverem dúvidas é só deixar na caixa de comentários ou mandar por e-mail 🙂

E eu recomendo fortemente a Just Intercâmbios, e outros amigos que eu indiquei também amaram a agência! Falem com a Carol e ela vai te providenciar uma viagem incrível!