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Indo para Doha, Catar

by Daniele Polis
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Vai parecer estranho, eu sei, mas minha Eurotrip começou com uma vôo em direção à… Doha, Catar.

Você pode estar me perguntando “O que diabos você foi fazer lá?”, e a resposta é simples: preço. A Qatar Airways fez uma promoção com passagens para Espanha por 311USD. Claro que eu não peguei este preço, mas paguei USD680 pelas passagens. Além do preço, a possibilidade de conhecer o Oriente Médio encantou a gente. E claro que fomos.

A viagem toda já começou no vôo. A Qatar Airways, antes que alguém ache que é alguma cia aérea “teco-teco”, é uma das seis companhias cinco estrelas do mundo. Essas passagens, nesses valores, foram uma promoção para entrada do vôos aqui.

Nosso voo saiu as 3 da manhã, de sexta para sábado. Sendo que sexta trabalhamos. Ou seja, pegar as 20 horas de voo (contando o fuso horário) não era tao difícil pensar que iríamos dormir o voo inteiro. Claro que não foi AQUELA noite de sono, mas foi relativamente tranquila. Classe econômica é tristeza em qualquer lugar do mundo, né, gente?

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Mas a Classe econômica da Qatar surpreendeu. Além de um kit super legal para os passageiros (vídeo abaixo), o espaço entre as poltronas é bom e o serviço de bordo é excelente! Há opções de pratos e requintes só dados para primeira classe em outras companhias aéreas (como chocolates Godiva e bebidas alcóolicas como whisky, gin e vinho). Sem contar as MUITAS opções de entretenimento à bordo, como vários filmes (muitos deles que ainda estavam no cinema no Brasil!), seriados e música na qual era possível montar sua playlist elegendo músicas de um arquivo com milhares delas. E tudo isso em vários idiomas, inclusive português.

Foi uma experiência única ver o dia amanhecer e anoitece dentro do avião. Acordei com a claridade na cara, e depois de um tempo, vi o sol sumir no horizonte. Lindo!

Chegando em Doha, primeiro impacto do Oriente Médio: CALOR. Saimos do avião e a temperatura em Doha, as onze da noite, era de míseros… 34 graus. Não, você não leu errado. Isso pleno outono, e quase de madrugada. Os óculos da Rika embaçaram na hora.

chegadaemdoha

Descemos do ônibus e então a primeira evidência de estávamos num país árabe: a placa de boas vindas escritas em inglês e árabe. Consegui tirar a foto antes de que o segurança me pedisse, de forma até meio ríspida, que desligasse a câmera.

Chegamos na imigração, e o choque – homens todos de burcas brancas, mulheres todas de burcas pretas. Todo mundo coberto das cabeças aos tornozelos – os pés estavam à mostra em sandálias.

Funcionários da Qatar estavam em roupas sociais “normais”, vermelhas e cinzas, e todos muito bem alinhados. Pegamos nosso voucher e nos dirigimos ao balcão de acomodação. Sim, porque a Qatar Airways providencia hospedagem para todos os passageiros que tomarão seu próximo vôo num intervalo de 8 a 24 horas. Como nosso voo sairia em 9 horas, tínhamos direito à esse serviço de forma gratuita.

Pegamos nosso formulário da imigração e saímos do aeroporto. Ponto, estávamos oficialmente no Qatar!

Pegamos a van que nos levaria ao hotel (claro que depois de nos perdermos. E de de chamarmos a atenção dos árabes, mesmo estando de calça e blusa de manga, além de envoltas em pashminas naquele calorão!), que era bem próximo ao aeroporto.

Chegamos lá, vimos o que é o Oriente Médio – um hotel lindo, luxuoso e ENORME estava à nossa espera. Fomos direcionados ao Oryx Rotana, que tem um serviço de traslado entre o aeroporto e o hotel.

Fomos atendidas por um recepcionista muito simpático, que pegou nossos passaportes e pediu para que fôssemos à uma sala de eventos indicada por ele, pois lá tinha um jantar à nossa espera. Oi? Jantar? À meia-noite? Sim, jantar.

Comemos algumas coisas típicas de lá (como o homus, que tava delícia), e o jantar era simples. Mas “de graça” e à meia-noite, quando tudo tá fechado em qualquer país islâmico, foi mais que bom! Um funcionário chegou com nossos passaportes e as chaves do quarto, e então subimos.

Quando abrimos a porta (depois de passar pela “Sala de Orações Masculinas” – sim, porque existe um quarto somente para orações), nosso queixo caiu. Aquilo não era uma suíte, era praticamente uma casa. Um banheiro enorme, onde só o boxe da ducha era aproximadamente 3x2m. A cama então, não preciso nem dizer. A gente tirou o tênis e se jogou nela! Como é bom deitar numa cama depois de 20 horas dentro de um avião!

Quando saímos do Brasil, vimos o relato de uma galera que fez um tour pela cidade, mas decidimos fazer no voo da volta.

Oryx-otana

Ficamos com medo de dormir e perder a conexão (o cansaço batia depois de todas as horas de vôo), e por isso decidimos fazer um tour pelo hotel, para conhecê-lo. E claro, turistar e tirar umas fotos.

Ele estava vazio. O bar do hotel funcionava até as 2 da manhã, e já eram umas 3 horas. Restaurantes? Fechados. A piscina linda e chamativa? Ficamos vendo do lado de dentro da porta trancada.

Acabamos tomando um banho (meu deus, que delícia de chuveiro!) e descansando um pouco, afinal ninguém é de ferro. E vendo uma cama macia e fofinha te chamando, praticamente implorando pra que você se deitasse nela, fica difícil resistir à tentação.

A Rika acabou dormindo uma horinha, eu não consegui dormir, porque fiquei com medo de apagar de vez e perder o voo  Antes tivesse dormido – às 5 horas a recepção ligou para nosso quarto, informando que era hora de fazer o check-out e tomar o café da manhã. Não, você não leu errado de novo.

Trocamos de roupa, entregamos as chaves e fomos comer. Eram 6 horas quando esperávamos a van na porta do hotel, prestes à voltar pro aeroporto. E advinha se o sol já não tava doidinho pra dar o ar da graça? Porque o calor já esteve presente o tempo inteiro. Ar condicionado nos 27 graus no quarto era super agradável e fresquinho – aqui é um bafo daqueles!

doha

Conforme o dia foi clareando, conseguimos ver um pouco da cidade. Gente, parecia coisa de filme. Não sei se me sentia no “Clone” ou vendo o filme do Aladin. As casinhas todas lindinhas e claras, a mesquita bem à frente com a cúpula redonda. Algumas pessoas já estavam na rua, talvez indo trabalhar.

Quando chegamos no aeroporto foi que vimos “gente” mesmo, o povão. Muitos imigrantes de roupas “normais”, as mulheres com maridos todas cobertas, crianças todas bonitinhas de roupas coloridas. E vimos esta placa também da travessia de pedestres da foto. Claro que tivemos que clicar! ahahaha.

E então, para os consumistas de plantão, o oásis: Free Shop de Doha. Os produtos Qatari não são baratos (40 reais num chaveiro? 160 num camelo?) mas em compensação o resto…. E legal que lá tem coisas inusitadas, como leilões de carros como Maseratti ou vendas de ouro… 22 quilates.

Placa-Doha

Da sala de pré-embarque foi tirada esta foto da torre escrita “Welcome to Doha“. Eram 7 horas da manhã, e já dá pra ver como o sol tá fraquinho, né?

Quando descemos do ônibus com ar-condicionado e ficamos esperando para subir no avião  o calor já era insuportável. A roupa grudava e o olho não consegui ficar aberto. Já estávamos acima dos 35 graus com certeza. O que me faz pensar em como esse povo consegue sobreviver à mais de 50 sem grandes problemas!

Pegamos nosso voo pra Barcelona, cansadas depois de mais uma noite em claro. O que aprontamos por lá? Fica pro próximo post! Em breve tem o post sobre o City Tour num país em crescimento!


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