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Indo para Doha, Catar

Vai parecer estranho, eu sei, mas minha Eurotrip começou com uma vôo em direção à… Doha, Catar.

Você pode estar me perguntando “O que diabos você foi fazer lá?”, e a resposta é simples: preço. A Qatar Airways fez uma promoção com passagens para Espanha por 311USD. Claro que eu não peguei este preço, mas paguei USD680 pelas passagens. Além do preço, a possibilidade de conhecer o Oriente Médio encantou a gente. E claro que fomos.

A viagem toda já começou no vôo. A Qatar Airways, antes que alguém ache que é alguma cia aérea “teco-teco”, é uma das seis companhias cinco estrelas do mundo. Essas passagens, nesses valores, foram uma promoção para entrada do vôos aqui.

Nosso voo saiu as 3 da manhã, de sexta para sábado. Sendo que sexta trabalhamos. Ou seja, pegar as 20 horas de voo (contando o fuso horário) não era tao difícil pensar que iríamos dormir o voo inteiro. Claro que não foi AQUELA noite de sono, mas foi relativamente tranquila. Classe econômica é tristeza em qualquer lugar do mundo, né, gente?

qatar-serviçodebordo[

Mas a Classe econômica da Qatar surpreendeu. Além de um kit super legal para os passageiros (vídeo abaixo), o espaço entre as poltronas é bom e o serviço de bordo é excelente! Há opções de pratos e requintes só dados para primeira classe em outras companhias aéreas (como chocolates Godiva e bebidas alcóolicas como whisky, gin e vinho). Sem contar as MUITAS opções de entretenimento à bordo, como vários filmes (muitos deles que ainda estavam no cinema no Brasil!), seriados e música na qual era possível montar sua playlist elegendo músicas de um arquivo com milhares delas. E tudo isso em vários idiomas, inclusive português.

Foi uma experiência única ver o dia amanhecer e anoitece dentro do avião. Acordei com a claridade na cara, e depois de um tempo, vi o sol sumir no horizonte. Lindo!

Chegando em Doha, primeiro impacto do Oriente Médio: CALOR. Saimos do avião e a temperatura em Doha, as onze da noite, era de míseros… 34 graus. Não, você não leu errado. Isso pleno outono, e quase de madrugada. Os óculos da Rika embaçaram na hora.

chegadaemdoha

Descemos do ônibus e então a primeira evidência de estávamos num país árabe: a placa de boas vindas escritas em inglês e árabe. Consegui tirar a foto antes de que o segurança me pedisse, de forma até meio ríspida, que desligasse a câmera.

Chegamos na imigração, e o choque – homens todos de burcas brancas, mulheres todas de burcas pretas. Todo mundo coberto das cabeças aos tornozelos – os pés estavam à mostra em sandálias.

Funcionários da Qatar estavam em roupas sociais “normais”, vermelhas e cinzas, e todos muito bem alinhados. Pegamos nosso voucher e nos dirigimos ao balcão de acomodação. Sim, porque a Qatar Airways providencia hospedagem para todos os passageiros que tomarão seu próximo vôo num intervalo de 8 a 24 horas. Como nosso voo sairia em 9 horas, tínhamos direito à esse serviço de forma gratuita.

Pegamos nosso formulário da imigração e saímos do aeroporto. Ponto, estávamos oficialmente no Qatar!

Pegamos a van que nos levaria ao hotel (claro que depois de nos perdermos. E de de chamarmos a atenção dos árabes, mesmo estando de calça e blusa de manga, além de envoltas em pashminas naquele calorão!), que era bem próximo ao aeroporto.

Chegamos lá, vimos o que é o Oriente Médio – um hotel lindo, luxuoso e ENORME estava à nossa espera. Fomos direcionados ao Oryx Rotana, que tem um serviço de traslado entre o aeroporto e o hotel.

Fomos atendidas por um recepcionista muito simpático, que pegou nossos passaportes e pediu para que fôssemos à uma sala de eventos indicada por ele, pois lá tinha um jantar à nossa espera. Oi? Jantar? À meia-noite? Sim, jantar.

Comemos algumas coisas típicas de lá (como o homus, que tava delícia), e o jantar era simples. Mas “de graça” e à meia-noite, quando tudo tá fechado em qualquer país islâmico, foi mais que bom! Um funcionário chegou com nossos passaportes e as chaves do quarto, e então subimos.

Quando abrimos a porta (depois de passar pela “Sala de Orações Masculinas” – sim, porque existe um quarto somente para orações), nosso queixo caiu. Aquilo não era uma suíte, era praticamente uma casa. Um banheiro enorme, onde só o boxe da ducha era aproximadamente 3x2m. A cama então, não preciso nem dizer. A gente tirou o tênis e se jogou nela! Como é bom deitar numa cama depois de 20 horas dentro de um avião!

Quando saímos do Brasil, vimos o relato de uma galera que fez um tour pela cidade, mas decidimos fazer no voo da volta.

Oryx-otana

Ficamos com medo de dormir e perder a conexão (o cansaço batia depois de todas as horas de vôo), e por isso decidimos fazer um tour pelo hotel, para conhecê-lo. E claro, turistar e tirar umas fotos.

Ele estava vazio. O bar do hotel funcionava até as 2 da manhã, e já eram umas 3 horas. Restaurantes? Fechados. A piscina linda e chamativa? Ficamos vendo do lado de dentro da porta trancada.

Acabamos tomando um banho (meu deus, que delícia de chuveiro!) e descansando um pouco, afinal ninguém é de ferro. E vendo uma cama macia e fofinha te chamando, praticamente implorando pra que você se deitasse nela, fica difícil resistir à tentação.

A Rika acabou dormindo uma horinha, eu não consegui dormir, porque fiquei com medo de apagar de vez e perder o voo  Antes tivesse dormido – às 5 horas a recepção ligou para nosso quarto, informando que era hora de fazer o check-out e tomar o café da manhã. Não, você não leu errado de novo.

Trocamos de roupa, entregamos as chaves e fomos comer. Eram 6 horas quando esperávamos a van na porta do hotel, prestes à voltar pro aeroporto. E advinha se o sol já não tava doidinho pra dar o ar da graça? Porque o calor já esteve presente o tempo inteiro. Ar condicionado nos 27 graus no quarto era super agradável e fresquinho – aqui é um bafo daqueles!

doha

Conforme o dia foi clareando, conseguimos ver um pouco da cidade. Gente, parecia coisa de filme. Não sei se me sentia no “Clone” ou vendo o filme do Aladin. As casinhas todas lindinhas e claras, a mesquita bem à frente com a cúpula redonda. Algumas pessoas já estavam na rua, talvez indo trabalhar.

Quando chegamos no aeroporto foi que vimos “gente” mesmo, o povão. Muitos imigrantes de roupas “normais”, as mulheres com maridos todas cobertas, crianças todas bonitinhas de roupas coloridas. E vimos esta placa também da travessia de pedestres da foto. Claro que tivemos que clicar! ahahaha.

E então, para os consumistas de plantão, o oásis: Free Shop de Doha. Os produtos Qatari não são baratos (40 reais num chaveiro? 160 num camelo?) mas em compensação o resto…. E legal que lá tem coisas inusitadas, como leilões de carros como Maseratti ou vendas de ouro… 22 quilates.

Placa-Doha

Da sala de pré-embarque foi tirada esta foto da torre escrita “Welcome to Doha“. Eram 7 horas da manhã, e já dá pra ver como o sol tá fraquinho, né?

Quando descemos do ônibus com ar-condicionado e ficamos esperando para subir no avião  o calor já era insuportável. A roupa grudava e o olho não consegui ficar aberto. Já estávamos acima dos 35 graus com certeza. O que me faz pensar em como esse povo consegue sobreviver à mais de 50 sem grandes problemas!

Pegamos nosso voo pra Barcelona, cansadas depois de mais uma noite em claro. O que aprontamos por lá? Fica pro próximo post! Em breve tem o post sobre o City Tour num país em crescimento!


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Daniele Polis

Paulista e Paulistana, sou louca por viagens, fotos, moda, sapatos e compras. Já carimbei o passaporte em 15 países, e estou sempre de malas prontas para viajar. Também escrevo no Dani Polis.

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