- by Daniele Polis
- on Atualizado em 26 de dezembro de 2019
Trabalhando no Exterior – Disney World!
Nem todo mundo tem dinheiro pra pagar uma temporada inteira no exterior – ainda mais se ela for longa. Uma das formas (mais difícil, assumo) é conseguir uma bolsa de estudos. A outra é trabalhar.
Ainda existe muito a barreira do pré-conceito, de pensamentos do tipo “ah, mas vou trabalhar esfregando chão”, “vou trabalhar na cozinha” e muitas outras queixas que, antes mesmo de pensar as possibilidades, já jogam o seu sonho longe. E esse é um dos maiores erros que se pode cometer. As vagas não são só na área de limpeza ou cozinha.
Você não vai, necessariamente, mudar algo, mas o intercâmbio vai mudar você. Ele vai mudar seus pensamentos, suas ações, a sua forma de ver a vida. E não importa se seu intercâmbio é de duas semanas ou um ano, você vai voltar diferente da mesma forma.
A primeira vez que viajei ao exterior foi para uma temporada de trabalho, numa das empresas mais legais do mundo. Em novembro de 2005 embarquei com destino à Orlando, para uma temporada de dez semanas. Era a primeira vez que eu ia ao exterior, a primeira vez que eu viajava sozinha e a primeira vez que eu ficava tanto tempo longe dos pais. Foi difícil deixar pai e namorado, mas eu tinha foco no que eu queria, e no que batalhei pra conseguir.
Eu tinha conseguido uma vaga para trabalhar em Walt Disney World, um dos lugares que mais queria conhecer no mundo inteiro.
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Quem participa sabe que é um processo muito concorrido, além de relativamente demorado. Depois de quase cinco meses da primeira entrevista, lá estava eu num avião para os Estados Unidos.
Só eu sei o quanto essa “viagem” mudou a minha vida. Quem foi também sabe. Você aprende muita coisa na marra, e dá valor às pequenas coisas.
Eu passei natal e ano novo longe da minha família, o que foi triste demais, mas eu sei que eles sentiram tanta falta quanto eu. Quantas vezes eu chegava do trabalho cansada, e tudo que queria era a comidinha da minha mãe, mas se eu não fizesse a minha comida, eu ficaria com fome. Com a roupa era a mesma coisa – ou eu lavava, ou ficava sem.
Sai daqui sem saber com quem iria morar. Só sabia que seriam meninas, mas eu poderia dividir o apartamento com mais uma ou com mais sete. Só descobri que iria morar com mais cinco meninas no momento que cheguei no condomínio. Nenhuma delas era minha amiga, algumas eu tinha visto apenas algumas vezes. Na primeira semana a primeira lição já tinha sido aprendida: convivência. Isso porque todas eram brasileiras; teve gente que foi morar com americano, indiano, peruano, e por ai vai. Diferenças culturais ainda maiores.
Administrar dinheiro para coisas da casa foi uma coisa que aprendi lá também. Eu ganhava meu salário, e tinha que comprar comida, material de limpeza, pagar o aluguel. Pra comprar supérfluos era bom: eu ganhava em dólar, gastava em dólar. Ainda peguei lá a Black Friday e o Boxing Day, no qual meu salário americano ajudou bastante.
Se valeu a pena? Não preciso nem dizer o quanto. Fiz amigos que viraram minha família, aprendi coisas que jamais imaginava e vivenciei tantas outras que não consigo nem explicar. A fluência no idioma foi o menor dos meus ganhos, muitas outras lições maiores foram aprendidas e eu levo comigo para todo o sempre.
Se você pensa em passar uma temporada no exterior trabalhando ou estudando, meu conselho: vá se realmente estiver preparado – para as coisas boas e ruins. A experiência é única, e você faz com que ela seja boa ou não.
Antes de você decidir alguma coisa, pesquise bastante. Veja as opções de destino, cultura, condições climáticas, comida, tudo. São coisas pequenas, mas que no cotidiano se tornam fundamentais para sua felicidade ou infelicidade. Escolha um destino com o qual você se identifique, isso é o mais importante de tudo.
Contate uma boa agência de intercâmbio, ela será seu guia e sua ajuda a qualquer momento. Quem trabalha nas agências consegue te dar um parecer, contar curiosidades e afinas, coisas que você precisa saber. Não aconselho ninguém a sair do Brasil sem tudo acertado por lá.
Depois vou preparar um post de quando fui estudar no exterior 🙂
Com isso em mente, é preparar as malas e ir pra melhor experiência da sua vida!
Dani, eu tb sou super adepta ao intercâmbio!!! Fiz outro programa de trabalho tb nos EUA por 1 ano em 2005, mas nem sei se te contei que quase fui pro da Disney, mas em 2003/2004. Acabei desistindo por conta de um estágio (que acabou não rolando) hunf!!!
A mesma cara de sapeca! rs rs Com certeza é uma super experiência! Vou lembrar de vc uando me encontrar com Mickey em Janeiro! Hahah beijos
Experiência única e super importante na vida, né! Eu passei por isso também e foi incrível!
Acho que o coro de quem passa por esse tipo de experiência é único, né? <3 todo mundo ama!
Dani, vivi a mesma coisa que você e pode dizer que concordo em gênero, número e grau! A experiência do intercâmbio muda as pessoas, vira a gente do avesso, né? Gostei muito do seu depoimento e me identifiquei total! beijo
Que bom que se identificou, Pam!
Eu concordo, a gente vai uma pessoa, e volta outra. Acho que essa experiência deveria ser vivida por todo mundo!
Beijos
Já pensou ou pensa em trabalhar uma temporada em Navio também?
Já tive muita vontade! Em 2007 cheguei a juntar documentação, e iria aplicar, mas consegui um emprego legal numa multinacional…
Toda temporada penso em aplicar, mas sempre acabo postergando. Tenho uma amiga que trabalha há anos em navio e ama!