Por que Eu Decidi Dormir no Grand Canyon?

Se lembram quando eu postei sobre o hotel que ficamos dentro do parque do Grand Canyon? Isso gerou uma dúvida entre muitas pessoas, por isso eu resolvi explicar do porquê da nossa decisão. Afinal, por que dormir no Grand Canyon?

Quando visitamos o Grand Canyon fizemos o que a maioria dos turistas não fazem – dormimos no Arizona.

Que o Grand Canyon é lindo todo mundo sabe. E como ele é relativamente perto de Las Vegas, acaba meio que tornando um passeio obrigatório para quem vai à cidade do pecado.

Geralmente o passeio saindo de Vegas dura um dia: ou você vai de carro, com um grupo, ou vai de helicóptero. Inclusive a Mari fez um post incrível sobre como é a viagem de helicóptero ao Grand Canyon, vale demais a leitura!

Só que meu irmão veio com a ideia de dormirmos por lá, porque ele tinha visto que o pôr-do-sol de lá era imperdível. Eu achei que ele estava meio maluco da cabeça, mas a gente só tem certeza das coisas quando prova, né? Então lá fomos nós. A gente estava com um carro alugado, então levantamos cedinho (sério, antes das 6 da manhã), cruzamos Nevada até chegar no Arizona antes do almoço.

Fizemos todo o passeio “turistão”: fomos no Museu Yavapai, andamos pelo parque, ficamos de boca aberta tirando fotos naquele lugar maravilhoso… Mas o melhor ainda estava por vir. Apesar de meu pai estar morrendo de frio (e querendo a cama mais que tudo!), perto das cinco horas fomos em direção leste do parque. Meu irmão viu pela Internet que tinha um lugar que era perfeito para ver o sol se pôr entre as montanhas, e lá fomos nós.

O lugar se chama Powell Point, e é bem perto da parte Sul (South Rim) e fica em um dos pontos mais altos do Grand Canyon.

Quando chegamos no lugar nós vimos que não éramos os únicos. Muita gente estava ali pelos mesmos motivos que a gente, esperando a magia acontecer. Até que ela finalmente aconteceu, e foi linda! Ver o sol sumir entre os rochedos foi uma das maneiras mais especiais que vi o sol se por na minha vida, as sombras preenchem os vales formando desenhos inacreditáveis que eu não consigo nem transcrever.

De tirar o fôlego, né? Isso porque as fotos nem saíram muito boas, porque minha máquina era bem amadora.

Não consigo descrever a paz que senti naquele momento. E que ainda sinto quando vejo as fotos.

Também quero!

Então é importante anotar algumas dicas para ter a melhor experiência:

• Se for dormir lá, reserve seu hotel o quanto antes. São apenas seis hotéis que estão localizaos dentro do parque, os demais ficam nas cidades vizinhas. Nós ficamos no Maswki Logde, e gostamos bastante, mas meu irmão com sorte conseguiu reservar 2 meses antes – a média é de 4 a 5 meses antes da visita.

• Se não conseguir reservar o hotel dentro do parque nacional, tente reservar em Willians ou Valle. AS duas cidades são relativamente próximas e tem uma oferta maior de hotéis.

• Confira a previsão do dia, para se programar para o pôr-do-sol. O ideia é chegar pelo menos 30 minutos antes, para conseguir pegar diversos estágios. A gente chegou uma hora antes e eu considero perfeito.

• A melhor forma de se chegar em Powell Point é de carro. Nesse ponto não tem lanchonete, banheiro, nada. Então já vá preparado para tudo (levar água e comidinhas sempre ajuda).

• Recomendo levar uma blusa. Quando o sol se põe, a temperatura cai bastante, e sentir frio é meio que inevitável.

Alguém mais ficou com vontade?

Beijos